Em menos de um mês, 845 pessoas que aguardam na fila por uma cirurgia ortopédica, há pelo menos 4 anos, já tiveram a consulta agendada pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da terceira etapa do Mutirão da Saúde, lançada oficialmente pelo prefeito Wladimir Garotinho em 2 de junho.
Nesse período, de acordo com a diretora de Auditoria, Controle e Avaliação (DACA), Bruna Araújo, foram realizadas 197 cirurgias, sendo 14 para recuperação de ligamentos ou menisco e as demais em pacientes oriundos do Hospital Ferreira Machado (HFM) que sofreram traumas.
O subsecretário municipal de Saúde, ortopedista Marcos Gonçalves, disse que o objetivo desse mutirão é zerar a fila de cirurgias através do Sistema Estadual de Regulação, com um investimento de R$ 7.204.264,48 pela Prefeitura. Ao todo, segundo ele, estão sendo disponibilizados 14.875 procedimentos para toda a Região Norte Fluminense.
“Além de zerar a fila de pacientes, o mutirão está garantindo atendimento dinâmico e imediato às novas emergências e a pacientes como os do Ferreira Machado”, explicou o médico, ressaltando que as cirurgias visam, também, devolver às pessoas a sua vida normal.
O jovem Roberto Alves Peçanha, 19 anos, primeiro paciente a ser operado por meio do mutirão, não vê a hora de retomar com suas atividades habituais, como jogar bola, conforme contou a mãe, a dona de casa Elaine Alves Pereira, 41 anos. A cirurgia de Roberto, que há vários anos sofria com uma lesão do ligamento cruzado anterior do joelho direito, foi realizada no dia 8 de junho na Santa Casa de Misericórdia de Campos.
“A revisão médica está agendada para o dia 24 de junho, mas ele está muito bem. Em nenhum momento, após a cirurgia, sentiu dor, o que era frequente antes”, disse Elaine, ressaltando que a lesão no joelho foi provocada durante uma partida de futebol.
Outra que diz não aguentar mais com as dores no joelho é Margarete de Almeida da Silva, 52 anos, moradora do Parque Aeroporto. Esta semana, ela esteve no Núcleo de Controle e Avaliação para dar início às etapas que antecedem a cirurgia.
“Saí do Núcleo com a consulta agendada para o dia seguinte na Beneficência Portuguesa. Fiquei até emocionada. Não esperava tanta rapidez”, contou ela, que já está com dificuldades para andar. “Cheguei a cair na rua”, acrescentou Margarete. A lesão teria sido provocada por doenças reumáticas.
A diretora de Auditoria, Controle e Avaliação (DACA), Bruna Araújo, explicou que, para o agendamento, o interessado deve se dirigir ao Núcleo de Controle e Avaliação, que funciona à Rua Voluntários da Pátria, nº 175, em frente ao prédio da secretaria de Saúde.
No local, será feita uma análise desse paciente e agendada a consulta em um dos quatro hospitais contratualizados do município: Hospital Plantadores de Cana (HPC), Beneficência Portuguesa, Santa Casa de Misericórdia e Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA).
“Estamos tentando dar celeridade ao processo, mas entre a primeira consulta e a realização da cirurgia, se necessária, pode levar um certo tempo. Alguns pacientes, por exemplo, precisam refazer os exames de imagem e também os exames pré-operatórios”, afirmou.
Entre os documentos necessários para o agendamento estão o pedido original do Sistema Único de Saúde (SUS), que é o encaminhamento médico, documentos pessoais, cartão do SUS e todos os exames de imagem realizados até o momento.
Os procedimentos disponibilizados são: cirurgia por vídeo para recuperação de ligamento de joelho; cirurgia por vídeo para recuperação de ligamento de ombro; cirurgia de menisco; cirurgia de tenólise; cirurgia de dedo em gatilho; cirurgia de túnel do carpo e cirurgia para tratamento de pé torto congênito.