Seguindo orientação do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) do Rio de Janeiro, no que se refere à detecção e ao monitoramento de possíveis casos da varíola dos macacos (Monkeypox), a Secretaria Municipal de Saúde segue atenta quanto a medidas de proteção e controle da doença.
No estado do Rio de Janeiro, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), já foram confirmados dois casos da doença. Na cidade do Rio de Janeiro, um homem de 38 anos, que reside em Londres e chegou ao Brasil no dia 11 de junho, foi a primeira vítima da doença.
Ele foi atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e as amostras coletadas foram encaminhadas para análise no laboratório de referência da UFRJ. O resultado do exame foi positivo e o caso comunicado ao Ministério da Saúde. O paciente, segundo a SES, apresenta bom quadro clínico de saúde.
O segundo caso foi confirmado no domingo (19) pelo Ministério da Saúde, em Maricá, Região Metropolitana. O paciente é um rapaz de 25 anos e, de acordo com o Ministério da Saúde, não viajou ao exterior, mas teve contato com estrangeiros. Seu quadro clínico é estável.
O assessor técnico do Departamento de Vigilância em Saúde da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), Charbell Kury, explicou que a varíola dos macacos é uma doença que foi notificada recentemente, existindo mais de 600 casos em todo o mundo.
“Felizmente, sua transmissão é bem diferente da transmissão da Covid-19, que envolve secreções e aerossóis. As pessoas infectadas não transmitem por aerossóis e, sim, por gotículas, por contato íntimo com pessoas doentes”, disse o médico, ressaltando que nem toda pessoa que apresenta febre, manchas no corpo e lesões com pus foi infectada pela varíola dos macacos.
“Temos que fazer diagnósticos diferenciais com outras potenciais doenças que também apresentam os mesmos sintomas, como a sífilis secundária ou outras infecções bacterianas. Antes da notificação e coleta de material para detectar a varíola, devemos primeiro tratar as doenças mais comuns. Se ainda assim, o quadro permanecer o mesmo, o caso deve ser notificado às autoridades competentes”, acrescentou.
Segundo Charbell, a prevenção está ligada às práticas de higiene, que são lavar bem as mãos com água e sabão após contato com o paciente infectado ou suspeito, evitar contato com utensílios pessoais usados por quem está com suspeita da doença e manter o uso das máscaras em ambientes fechados.
"É uma doença infecciosa que tem por sintomas febre, mal-estar, secreção e ínguas na região do pescoço. Embora seja uma doença leve, que não tem causado grandes complicações, é preciso ficar atento, principalmente se a pessoa for imunodeprimida, pois pode evoluir para um quadro mais grave. Ainda não temos vacina para a doença e, por isso, os cuidados individuais e o auto cuidado são essenciais".