DIVULGAÇÃO Vai longe o tempo em que as empresas bem conceituadas no mercado precisavam se preocupar apenas com a separação do lixo para demonstrar sua preocupação com o meio ambiente.
Hoje, o sucesso de uma organização passou a fazer parte de um universo muito maior e seu planejamento estratégico deve estar atrelado ao forte comprometimento com o meio ambiente e com as questões sociais, além de ter uma governança ética e transparente. Esse é o papel do ESG (environmental, social and governance) que entrou na pauta diária dos gestores, promovendo um impacto positivo na sociedade e na relação com todos os seus stakeholders.
A rede de varejo Coop, por exemplo, sempre norteou suas operações visando a preservação do meio ambiente, o bem-estar das comunidades onde está inserida, além de uma gestão ética.
Na área de meio ambiente, sua responsabilidade não está apenas na entrega de estações de reciclagem para uso da comunidade, como o projeto Molécoola, recente solução já disponível em 5 lojas, ou dos coletores de medicamentos vencidos nas drogarias. Mas, também, em práticas sustentáveis na operação de seus negócios. De 2019 até agora, a Coop já reduziu a emissão de 14 toneladas de gases de efeito estufa pela utilização de energia de fontes renováveis, performance certificada pela Comerc Energia.
“Isso nos deixa muito orgulhosos e vem reforçar nosso compromisso com a sociedade”, diz o engenheiro Marcos Moisés Fernandes, da área de Eficiência Energética e Inovação. O resultado positivo deve-se à decisão tomada em 2015 pela empresa em migrar a compra de energia elétrica do mercado cativo (concessionária) para o sistema de Ambiente de Contratação Livre (ACL), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Um ano antes da migração, a Coop já dava início também à substituição de lâmpadas fluorescentes convencionais por luminárias LED para diminuir o consumo de energia elétrica. A troca permitiu economia de 23% em algumas lojas. “A Coop sempre atuou de forma ativa na busca por sistemas de melhor performance acompanhados de maior sustentabilidade”, acrescenta Jefferson Cosmo da Silva, coordenador de manutenção.
Tanto é que, em 2007, injetava investimentos na substituição do sistema de refrigeração das lojas por modelos alinhados aos protocolos de Montreal e Kyoto, tratados internacionais de defesa do meio ambiente. Entraram em cena fluidos refrigerantes com baixíssimo impacto no aquecimento global e zero de destruição da camada de ozônio. Sem falar dos investimentos no sistema de climatização das lojas, que passaram a contar com automação inteligente, que equalizam a temperatura externa versus interna com a troca de ar, deixando o ambiente agradável sem a utilização integral de compressores de alta potência.
Na esteira da eficiência operacional, muitas famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social são beneficiadas com a doação de produtos que estão adequados para o consumo e não para a venda. Esse o caso do setor de hortifrútis, pois todo o produto imperfeito para exposição, porém, em condições perfeitas de consumo, é doado a três parceiros: o Banco de Alimentos, o Mesa Brasil e a Infineat, responsáveis pela coleta, análise nutricional e encaminhamento às famílias de baixa renda assistidas pelos programas.
Nos primeiros quatro meses deste ano já foram doadas 222 toneladas de alimentos. Nem mesmo restos de farináceos gerados na cadeia da Central de Panificação vão para o lixo orgânico. Viram ração animal ao serem recolhidos por uma fabricante paulista.
Descarte adequado
A adesão da comunidade ao Molécoola, um jeito criativo e descomplicado de reciclagem pós-consumo, tem crescido mensalmente desde setembro do ano passado, quando o projeto começou a ser implantado nas lojas. As cinco estações de reciclagem, que fecharam 2021 com saldo de 3,3 mil toneladas, já registraram a entrega de outras 21.087 toneladas apenas nos primeiros três meses deste ano.
O volume deve aumentar ainda mais, já que Luciana Benteo, coordenadora de Responsabilidade Social e Comunicação Corporativa, adianta que o projeto vai avançar para outras unidades. As estações estão presentes nas lojas Industrial, Carijós (Santo André), Joaquim Nabuco (São Bernardo) Santana e Morumbi (São José dos Campos). Cada uma delas recebe vidro, papel, óleo de cozinha usado, pilhas, baterias, latas de alumínio, plástico e pequenos eletroeletrônicos. Quem entrega ganha pontos para trocar por produtos e serviços.
Já sua rede de drogarias, hoje com 81 unidades em operação, possui coletor para cooperados e clientes descartarem remédios vencidos, embalagens, além de comprimidos e pomadas. O volume coletado é encaminhado às usinas de incineração certificadas. No primeiro quadrimestre do ano foram recolhidas 2.707 toneladas, quantidade superior as 2.329 depositadas no mesmo período de 2021.
Atualmente, a Coop possui mais de 900 mil cooperados ativos, 31 lojas de supermercado, sendo 23 no Grande ABC, uma em Piracicaba, três em São José dos Campos, duas em Sorocaba e duas em Tatuí, três postos de combustíveis e 81 drogarias em operação. Por ser uma cooperativa, seu principal objetivo é oferecer os melhores serviços a preços justos, além de reverter benefícios aos cooperados e à comunidade.
Site: https://www.portalcoop.com.br
Legenda: Foto – Luciana Benteo - coordenadora de Responsabilidade Social e Comunicação Corporativa