13/05/2022 às 18h13min - Atualizada em 13/05/2022 às 18h13min
Celebração pela Abolição da Escravatura é encerrada com arte e reflexões
Palestras, workshop e debates foram realizados na programação, em parceria com o Liceu de Humanidades de Campos (LHC), Uenf, IFF e com a participação da OAB/Campos
A Prefeitura de Campos encerrou a semana de celebração da Abolição da Escravatura com debate sobre aspectos históricos da arte afro-brasileira. Palestras, workshop e debates foram realizados na programação, em parceria com o Liceu de Humanidades de Campos (LHC), Uenf, IFF e com a participação da OAB/Campos.
O encerramento ocorreu no Liceu de Humanidades de Campos com a realização de workshop que abordou os aspectos históricos geográficos da capoeira e contextualizou as dimensões da expressão cultural, que mistura, dança, música e cultura popular. As atividades foram realizadas por meio de parceria entre a SIRDH (Subsecretaria de Igualdade e Direitos Humanos)
O pós-doutorando da Uenf em Geografia, professor de capoeira Vinícius Lima palestrou sobre a expressão cultural. Ele ressaltou que a capoeira sofreu intervenções no processo de diáspora no Brasil, que resultou numa versatilidade capoeirística afro brasileira. Ao final do workshop, o público foi contemplado por uma oficina com movimentos básicos do esporte.
A intolerância religiosa e o racimo foram temas abordados pela chefe da gerência Proteção às Vítimas de Racismo e Intolerância Religiosa da SIRDH, Elaine Souza, que é advogada; por Eliza Pompermayer, advogada membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/Campos; e por Rudá Ramos, criminalista, membro da Comissão de Diversidade da OAB/Campos e do coletivo Transgoytacá. Eles fizeram relatos que evidenciaram paradoxo mediante as diversas experiências e violências sofridas, como racismo, misoginia, transfobia, assédio e inferiorização no exercício das suas funções enquanto profissionais do direito.
UNIVERSITÁRIOS E ESTAGIÁRIOS OPINAM – Os estudantes de psicologia da UFF e estagiários da SIRDH fizeram ampla abordagem sobre gênero e sexualidade, enquanto pessoas ativistas do movimento LGBTQIA+. Os universitários abordaram os conceitos e terminologias que foram abolidas por se tornarem consideradas formas depreciativas e preconceituosas. Eles também apresentaram as experiências nos serviços e a abordagem de acolhimento e segurança que a SIRDH vem realizando a favor da população na defesa dos direitos humanos e na dignidade da pessoa humana.
A arte teve espaço no final da programação, com a participação do músico percussionista Jabuti, professor de música que apresentou as metodologias aplicadas para democratização do ensino, utilizando materiais reciclados e de baixo custo.
O subsecretário de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Gilberto Coutinho, destaca o comprometimento da atual gestão com a execução de políticas públicas e ações voltadas para a defesa dos direitos humanos, para a valorização cultural e elevação da autoestima das populações excluídas.
REFLEXÃO NO 13 DE MAIO – “A Subsecretaria volta a reafirmar com essa gama de atividades, realizadas em parceria com a academia e personalidades do universo da diversidade, o seu compromisso de atuar em defesa dos historicamente excluídos. Continuaremos com as ações afirmativas voltadas ao público historicamente excluídos das agendas públicas. No decorrer deste 13 de maio é importante refletirmos sobre a expansão capitalista decorrente da revolução industrial, mas não podemos nos esquecer da influência do movimento abolicionista neste contexto. Nossa reflexão passa pelo fato de que ainda não temos muito o que comemorar, dada as vulnerabilidades e extremas vulnerabilidades incidentes na população negra”, analisa Gilberto Coutinho.