Uma briga dentro de um hotel, localizado na Rua Conselheiro Otaviano, na área do Centro de Campos, nesta quarta-feira (11), terminou com um homem ferido após levar golpes de tesoura..
A polícia Militar informou que os clientes passaram a noite em um bar, em seguida, foram até o hotel, onde começou uma discussão. Durante a briga, um deles foi atingido por golpes de tesoura.
Ferido, a vítima foi socorrida para o Hospital Ferreira Machado. Ele está fora de perigo de morte.
Veja o que diz a Polícia Civil:
Apurou-se que a vítima saiu sozinho para beber se encaminhando inicialmente ao Bar Sagritos, localizado na Pelinca. Após, no final da madrugada, 11/05/2022, foi ao Bar Sangue Bom, localizado na Avenida Pelinca 77, estabelecimento em que conheceu o autor.
Autor e vítima têm versões conflitantes sobre a maneira que se conheceram e forma de abordagem, mas fato é que sentaram no Bar Sangue Bom e consumiram considerável quantidade de bebida alcoólica. Após se dirigiram ao apartamento da vítima. Diz a vítima que o autor contou uma história triste de família, alegando que precisava dormir em algum lugar aquela noite, pois não poderia dormir em casa. E diz o autor que a vítima o chamou para conhecer seu apartamento.
A vítima alegou que, em determinado momento, o autor entrou no banheiro e saiu com uma tesoura que estava no local na mão, utilizando o objeto para lhe ameaçar, alegando que, caso não fizesse um pix para sua conta, iria lhe matar. Diante da inércia da vítima em acatar a determinação, o autor passou a lhe agredir fisicamente e, em seguida, desferiu um golpe com a tesoura no pescoço do vítima, atingindo área vital.
Em termo gravado em vídeo, o autor apresentou a absurda versão defensiva alegando que estava com a tesoura na mão, encostada no pescoço da vítima e a vítima se mexeu, em direção ao objeto, o que causou a lesão em seu pescoço. E tudo isso teria ocorrido porque o autor não queria fazer sexo com a vítima, por não ser homossexual.
Ocorreu uma luta corporal entre as partes que se iniciou no interior do imóvel e prosseguiu no corredor do andar. O vídeo juntado ao procedimento mostra a luta corporal ocorrida no corredor em que as partes aparecem disputando pela posse de um relógio, em determinado momento o autor se desvencilha e sai pelo corredor. A vítima, por sua vez, bate na porta de vizinho como se estivesse pedindo socorro e, logo após, entra no seu apartamento e tranca a porta. O autor anda pelo corredor indo e bate algumas vezes na porta do apartamento da vítima. Este relógio foi subtraído pelo autor, o qual disse que dispensou na rua.
Após a prática do primeiro delito, o autor desceu para o térreo do edifício e subtraiu a bicicleta de um morador avaliada em R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais), praticando ainda furto em desfavor de morador ainda não identificado. Em declaração, o autor assume a prática do delito de furto e diz que no caminho para sua casa, passou pela Comunidade Santa Helena, foi abordado por traficantes locais que o questionaram acerca da bicicleta que aparentemente era produto de furto / roubo, bem como sobre os ferimentos que apresentava. Supondo que ele seria autor de delito patrimonial e poderia chamar atenção da polícia para buscas na localidade, os traficantes levaram o autor para local não identificado e lhe agrediram com pedradas e pauladas. O autor conseguiu fugir, deixando a bicicleta na Comunidade, até o momento não encontrada. Em seguida, procurou atendimento médico, chegando ao Hospital Ferreira Machado aproximadamente 14:00h, momento em que foi detido e ouvido no próprio hospital pelos Policiais Civis lotados unidade.
Em torno de 8:30 esta unidade foi informada acerca da ocorrência do delito iniciando uma série de diligências. Inspetores de Polícia foram ao prédio SOHO coletando as imagens juntadas ao procedimento que mostram com nitidez o rosto do autor e parte do delito acima narrado. Encontraram a tesoura utilizada no crime. A perícia técnica foi acionada e compareceu ao apartamento para exame de local e perícia papiloscópica, restando essa última prejudicada em razão do local não ter sido devidamente preservado. A vítima foi ouvida enquanto recebia atendimento médico no HFM. As imagens do autor foram encaminhadas para reconhecimento facial dos pontos morfológicos e identificou-se a qualificação do autor. Ao tomarem conhecimento dos bares frequentados pelas partes, os Inspetores se dirigiam aos estabelecimentos buscando informações e registros do Circuito Interno de Câmeras que auxiliassem nas investigações e identificação do autor. Durante esse período, um agente permaneceu acompanhando a vítima no hospital, aguardando que tivesse alta para comparecer em sede policial, ocasião em que tomou conhecimento que o autor estava no Hospital necessitando de cuidados médicos, momento em que foi detido.