01/05/2022 às 11h51min - Atualizada em 01/05/2022 às 11h51min

Dia Nacional da Mulher: Ceam realiza 291 atendimentos em sete meses

- Redação
Em sete meses de funcionamento, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) Mercedes Baptista já realizou 291 atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica. Os dados foram divulgados pela subsecretária de Políticas para Mulheres, Josiane Viana, no Dia Nacional da Mulher, marcado neste sábado (30 de abril). Desde 2021, Campos ganhou novos equipamentos e políticas públicas voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher. Além de uma subsecretaria, criada pelo prefeito Wladimir Garotinho no ano passado, o município também ganhou o Ceam e, através de parceria com o Governo do Estado, o Programa Empoderadas, que oferece aulas de defesa pessoal e, ainda, cursos para as mulheres. O Ceam traçou o perfil das mulheres atendidas pelo Ceam, de acordo com faixa etária, escolaridade, território, etnia e religião.
 
- Através da iniciativa do prefeito Wladimir Garotinho, a luta pelos direitos das mulheres foi fortalecida com os novos equipamentos e políticas públicas que, além de ampliar a rede de proteção, também, está preparando essas mulheres para a independência financeira porque a dependência mantém muitas delas no ciclo de violência - disse Josiane, acrescentando que também foi instituído no município o Dia Laranja, que lembra a luta contra a violência contra as mulheres e meninas no dia 25 de cada mês. 
 
De acordo com dados do Ceam, dos 112 atendimentos de janeiro, o maior percentual de violência aconteceu entre as mulheres brancas, seguidas de pretas e pardas. Quanto ao grau de escolaridade, 55% das mulheres atendidas possuem ensino médio; 14%, Fundamental incompleto; o mesmo percentual de ensino Superior; 9% de Fundamental completo e 4%, Superior incompleto.  Dos 112 atendimentos, 64% são moradoras do Centro; 27% de Guarus; 5% dos distritos e 4% da Baixada Campista.
 
No mês de fevereiro, foram realizados 85 atendimentos, sendo a maior incidência entre mulheres de 31 a 40 anos. No mês de março, 43% dos atendimentos foram de mulheres entre 41 e 50 anos; 29% entre 31 e 40 anos e 14% entre 51 e 60 anos e o mesmo percentual entre 20 e 30 anos. Em relação à etnia, do total de atendimentos, 67% são brancas, seguidas de 20% pardas e 13% pretas. De acordo com a escolaridade, 6% relataram ter ensino fundamental completo; 27% Fundamental Incompleto; 40% Ensino Médio completo; 7% Ensino Superior Completo e 20% Superior Incompleto. Dos 85 atendimentos de fevereiro, 59% são do Centro; 23% de Guarus; 12% dos distritos e 6% da Baixada. 
 
No mês de março, das 62 mulheres atendidas no Ceam, 43% eram negras; 29% pardas e 28% brancas   De acordo com a tabela de março, 50% das mulheres atendidas possuem Ensino Médio Completo; 22% Fundamental Incompleto; 14% Superior Completo; 7% Médio Incompleto e o mesmo percentual de Ensino Superior Incompleto. Dos atendimentos realizados em março, 36% são de mulheres do Centro; 29% de Guarus; 14% de distritos; 7% da Baixada e 14% de municípios próximos.
 
- De  acordo com o número de atendimentos realizados no Ceam, em janeiro, fevereiro e março, é possível observar que, dos novos casos, a maioria dos encaminhamentos foram da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), sendo 80% em fevereiro e 50% em março, mas vale ressaltar que outros equipamentos públicos têm originado demandas - informa Josiane. 
 
O tipo de violência predominante em janeiro foi a psicológica, seguida da física, moral e patrimonial. Em fevereiro, foram 85 atendimentos envolvendo violência psicológica e 84 a física e 5 a violência moral. Em março, foram 62 casos de violência psicológica; 34 de violência física e 28, moral. Quanto à religião, entre as mulheres atendidas no Ceam, as evangélicas lideram, seguidas pelas católicas; as que não possuem religião e as espíritas.
 
O Programa Empoderadas funciona na Vila Olímpica Lulu Beda, no Jardim Carioca, e as aulas acontecem às segundas-feiras das 14h às 15h30 e das 18h30 às 20h e, às quartas-feiras, das 14h às 15h30 e das 18h30 às 20h. “Temos uma roda de conversa marcada para o dia 06 de junho e, logo em seguida, teremos curso profissionalizante”, informa.
 
Além do Ceam e da Deam, Campos também conta com a Casa Benta Pereira, que acolhe mulheres em situação de risco pelo agressor; o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim); os núcleos do Centro de Referência Especializado em Serviço Social (Creas); e a Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, além de Promotoria de Justiça e Defensoria Pública.

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