Utilizando como fonte deste post os dados coletados pelo Professor William Passos, referentes ao mês de junho de 2024, apuramos o peso percentual de pessoas pobres ou cadastradas no CADÚNICO do Ministério da Cidadania do Governo Federal em cada município listado na tabela, em relação ao total de 438.649 pessoas em situação de pobreza na região Norte Fluminense do estado do Rio de Janeiro, que abriga dois grandes investimentos: a Petrobrás e o Porto do Açu.
Observamos, então, que o município de Campos, que recebeu de 1999 a 2023 o montante de R$ 35,352 bilhões em valores reais apenas de royalties e participação especial, contribui com 52% da pobreza existente na região Norte Fluminense. Tal cenário é verdadeiramente preocupante e suscita a seguinte pergunta: para onde foi o dinheiro proveniente das receitas petrolíferas em nossa cidade?
Por fim, afirmar que há progresso social nos municípios de Campos e São João da Barra, onde este último apresenta uma taxa de pobreza atingindo 6% do total da região Norte Fluminense, é simplesmente inaceitável. Em áreas com pobreza acentuada, não há qualidade de vida, exceto para os mesmos privilegiados de sempre.
