11/05/2023 às 14h37min - Atualizada em 11/05/2023 às 14h34min

São João da Barra o maior índice de extrema pobreza. Cadê os investimentos de 20 bilhões do Porto do Açu desde 2014?

Situação de extrema pobreza dos municípios de Campos, de Macaé, de Rio das Ostras e de São João da Barra segundo o Ministério da Cidadania de março de 2023

José Alves de Azevedo Neto
A desigualdade social nos municípios considerados ricos da região Norte Fluminense é uma dura e vergonhosa realidade, exige ações de políticas públicas rápidas dos prefeitos, que atualmente, ocupam as Prefeituras dessas cidades.

Como podemos observar através do gráfico, os números retirados do Cadastro Único do Ministério da Cidadania do Governo Federal. Estão na extrema pobreza em Campos, o maior recebedor de royalties e participação especial dos últimos anos, 170.961 pessoas, o que representa 33,22% dos habitantes (514.643).

Em Macaé, a sede da Petrobrás uma das maiores petroleiras do mundo, as pessoas que se encontram em situação de extrema pobreza em termos absolutos chegam ao quantitativo de 56.141 pessoas ou 21,09% da população macaense (266.136).

Já em Rio das Ostras, onde existe a Zona Especial de Negócios (ZEN), o total de pessoas na extrema pobreza atinge o patamar de 40.617 ou 25,46% dos habitantes (159.529).

Por último temos São João da Barra, hospedeiro de um dos mais pujantes, condomínio econômico, o Porto do Açu, financiado por dois fundos de investimentos da esfera internacional. A extrema pobreza sanjoanense afeta o quantitativo de 17.294 pessoas ou 47,08% dos habitantes (36.731).

Por derradeiro, chega-se a conclusão, em face dessa triste realidade social e contraditória, de municípios ricos e com grandes investimentos nos seus respectivos territórios.  Eles foram incapazes de implementar uma política social séria, que pudesse impedir que os seus filhos fossem submetidos à humilhação da extrema pobreza. E, o pior, especificamente, no que tange a São João da Barra, com o maior índice de extrema pobreza, dentre os municípios analisados aqui, onde o Porto do Açu investiu 20 bilhões de desde 2014, conforme está no site (https://portodoacu.com.br/o-porto/). Uma pergunta não quer calar: cadê o desenvolvimento econômico e social municipal? O que observamos, na atual conjuntura é muito sofrimento da população e os prefeitos preocupados com a reeleição de 2024. Isso é lamentável.     
 
Fonte:MC, Cadastro Único para Programas Sociais (03/2023) e o IBGE Cidades
 
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