10/05/2023 às 13h58min - Atualizada em 10/05/2023 às 13h53min
A despeito da taxa Selic a indústria no Brasil cresceu 1,1% em março de 2023
Crescimento da indústria no mês de março de 2023
José Alves de Azevedo Neto
O IBGE divulgou hoje pela manhã o crescimento da indústria brasileira de março de 2023 em face do mês anterior. Ele ficou em 1,1%, após a queda consecutiva no mês de janeiro e fevereiro deste ano e estabilidade em relação ao mês de dezembro de 2022.
Os segmentos econômicos que puxaram a expansão industrial foram os setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%), outros equipamentos de transporte (4,8%), produtos químicos (0,6%), couro, artigos para viagem e calçados (2,8%) e de produtos de minerais não metálicos (1,2%). Além de atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%), segundo a revista Carta Capital.
E para o setor industrial continuar na trajetória ascendente é de capital relevância, o Banco Central, reduzir rapidamente a taxa Selic de 13,75% ao ano. As entidades que representam a indústria no país não param de reclamar e pedir ao presidente Roberto Campos Neto, que ele seja sensível, aos apelos do setor produtivo.
Mas, segunda a ata da última reunião do COPOM publicada recentemente, a conjuntura de alta dos juros continuará. Pois, os diretores do BACEN chegaram à conclusão de que a inflação brasileira, agora, apresenta viés de inflação de demanda. E o remédio recomendado nesses casos, são os juros calibrados nas alturas. O que é lamentável.
Portanto, em face dessa dura realidade, tudo indica, a retomada do crescimento econômico no Brasil ficará adiada. Nem mesmo a antecipação do pagamento do décimo terceiro do aposentado e dos pensionistas do INSS, no final do mês de maio e de junho, será capaz de destravar a roda do consumo. Assim está difícil.