Programa do governo federal traz alento para os mais prejudicados com a necessária condição de isolamento contra o Covid19. Trabalhadores informais que tanto precisam da receita diária para o seu sustento, terão a garantia de renda de R$600,00 mês, por um período de três meses.
Para as pequenas e médias empresas, visando defender o emprego, o governo decidiu destinar uma linha de crédito emergencial para ajudar no pagamento de salários dos funcionários no limite até dois salários mínimos, em um período de dois meses, cujo total chega a R$40 bilhões. O financiamento, com 85% dos recursos do Tesouro Nacional e 15% dos bancos privados, atenderá empresas com faturamento entre R$360 mil e R$10 milhões por ano, com taxa de juros de 3,75% ao ano, com prazo de pagamento de 36 meses e carência de seis meses. As empresas inseridas não poderão demitir seus funcionários no período de dois meses. O contrato é fechado com o banco, mas o dinheiro vai para a conta do funcionário. A expectativa é de que 1,4 milhão de pequenas e médias empresas e 12,2 milhões de pessoas sejam beneficiadas.
Outras medidas estão sendo estudadas pelo governo, enquanto a solidariedade do povo brasileiro chama atenção para o quanto podemos realizar. Temos notícias favoráveis relacionados a distribuição de alimentos para caminhoneiros que precisam entregar suas mercadorias e estão desolados nas estradas do país, além do apoio médico e psicológico; grupos se organizam nas comunidades pobres das grandes cidades para viabilizar alimentos para quem tem fome, além de materiais de limpeza, enfim muitas iniciativas boas estão acontecendo nesse momento.
Vejo que devemos desviar a atenção de Brasília e pensar no que podemos fazer em nossas cidades, nossos bairros, no sentido de identificar grupos de pessoas em condições inadequadas para ajuda-los. Outra questão é que o governo federal transfere recursos que vão direto para o cidadão ou através de governos municipais, onde as pessoas residem. O problema é que em muitos casos esses cadastros estão cheios de vícios (a distribuição prioriza os amigos), deixando muitas vezes quem precisa de fora. Está aí uma responsabilidade que as pessoas comprometidas com a sua cidade, sua comunidade, precisa exercer se colocando como agente ativo da situação.